Economia Colaborativa – Conceitos parte I

 

Capitalismo e sua evolução

O Capitalismo esta mudando em ritmo acelerado, influenciado pelas novas gerações que estão mais atentas à preservação do meio ambiente e qualidade de vida, pelas novas tecnologias que facilitam a comunicação e simplificam as trocas comerciais entre nós meros mortais.

O resultado é que a lógica industrial e de grandes corporações começa a dar lugar ao capitalismo de multidões mais colaborativo por causa da mudança de valores de “você é o que você tem” para “você é o que você faz”.
Aproveitando o gancho …( eu particularmente não vejo a hora da #forbes parar de ranquear o quanto a pessoa tem e começar a ranquear o quanto ela contribui para sociedade…. aí sim estaremos mensurando valor agregado ao coletivo).

Oque é Economia Colaborativa e/ou compartilhada?

eA economia colaborativa e/ou compartilhada é um conjunto de atividades econômicas onde há compartilhamento de ativos, troca de favores e até mesmo de conhecimentos podendo estas trocas serem remuneradas ou apenas seguir o antigo escambo.

Segundo a especialista Rachel Botsman, a economia compartilhada contempla 3 possíveis tipos de sistemas:

1. Mercados de redistribuição: ocorre quando um item usado passa de um local onde ele não é mais necessário para onde ele é. Baseia-se no princípio do “reduza, re-use, recicle, repare e redistribua”.

2. Lifestyles colaborativos: baseia-se no compartilhamento de recursos, tais como dinheiro, ativos, habilidades e tempo.

3. Sistemas de produtos e serviços: ocorre quando o consumidor paga pelo benefício do produto e não pelo produto em si. Tem como base o princípio de que aquilo que precisamos não é um CD e sim a música que toca nele, o que precisamos é um buraco na parede e não uma furadeira, e se aplica a praticamente qualquer bem.

A economia compartilhada permite que as pessoas mantenham o mesmo estilo de vida, sem precisar adquirir nem armazenar, o que impacta positivamente não só no bolso mas também na sustentabilidade do planeta.

Passado, presente e futuro

Antigamente as formas comerciais eram praticamente executadas pelo escambo, porém naquela época tudo se resumia a transações com seus vizinho, no máximo dentro da sua própria vila ou reino e entre pessoas que se confiavam.

Com o advento da tecnologia as fronteiras são ilimitadas, portanto a conectividade e as avaliações dos usuários são imprescindíveis.

Atualmente a economia compartilhada principalmente de ativos faz todo sentido porque saímos da escassez, onde geralmente acumulamos coisas, para a abundância.

O carro é um exemplo interessante, em média, os veículos particulares são utilizados duas horas por dia, oque significa cerca de 8% do seu potencial de transporte.

Além disso como circulam com 1,5 passageiros, mesmo com lugares para 5 pessoas sem contar o bagageiro, ainda estaremos em torno de 2% do total desse capital, que permanece parado durante horas, no trabalho, em garagens congestionando as ruas. Então por que não aproveitar esses espaços vazios para transportar outras pessoas, ou usar o bagageiro para levar mercadorias que estão indo para o mesmo destino que você?

As redes de colaboração e o seu impulsionamento pelas novas gerações trazem um alivio ao capitalismo raiz que nos impulsionou a trabalhar mais para ter mais dinheiro para consumir mais.

Estamos entrando em uma nova era com novas relações de produção, de serviço e o que é melhor, uma nova relação com a vida.